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Comparação entre judaísmo e cristianismo.

Judaísmo[]

Primeira das grandes religiões monoteístas (crença em um só Deus), o judaísmo surgiu como uma separada sob Moisés, que se acredita haver recebido de Deus os Dez Mandamentos, no Monte Sinai, por volta de 1200 a.C.. Ele uniu o povo judeu e ajudou seu sucessor, Josué, a conquistar a terra de Canaã, que os judeus renomearam como Israel. Uma revolta contra o domínio romano acabou com a destruição do Templo em Jerusalém, em 70 d.C. e os exilados espalharam o judaísmo em todo o mundo.


Principais crenças- Os judeus vêem o mundo criado como essencialmente bom e acreditam que há um plano divino na história da humanidade.

Culto- Os judeus devotos vão à sinagoga três vezes ao dia.

- De manhã e à noite, recitam a afirmação básica do judaísmo, Shemá, parte da Torá.

- O Shabat, dia de descanso, é o cerne da semana. Começa ao pôr do sol da sexta-feira, quando se acendem as velas, seguidas por preces e uma refeição em família.

Livros sagrados- O principal livro sagrado, a Torá, consiste nos primeiros cinco livros da Bíblia hebraica. As leis básicas da vida judaica nela se encontram. Também se considera sagrada uma coletânea de comentários eruditos sobre a Torá, chamada Talmude.


Cristianismo[]

Jesus Cristo (c. 6 a.C.-30 d.C.), fundador da religião que traz o seu nome, era judeu. Sua doutrina, através da qual afirmava, por exemplo que os judeus não eram superiores aos demais povos, já que haviam se afastado das leis divinas, juntamente com a alegação de que falava com a autoridade de Deus, puseram-no em conflito com a tradição judaica. Ele acabou preso e crucificado em Jerusalém. Seus seguidores foram então, perseguidos, sendo mortos por judeus e pagãos, que os consideravam hereges pelos dois séculos seguintes. Apenas quando o imperador Constantino legalizou o cristianismo (e todas as outras religiões) com o Édito de Milão, em 313, os ditos discípulos do Caminho tiveram paz. Porém, o cristianismo só foi proclamado como religião oficial do Império Romano por Teodósio I, em 391, passando então a oprimir os seus antigos perseguidores. Os seguidores levaram sua mensagem a todos os cantos do mundo, de modo que hoje o cristianismo é a mais disseminada religião monoteísta.

Catolicismo Romano[]

Os católicos romanos reconhecem a autoridade do papa, sucessor direto de São Pedro, o primeiro Bispo de Roma.

Igreja Oriental ou Ortodoxa[]

As contestações à autoridade do papa em Roma pela Igreja Ortodoxa, com sede em Constantinopla, culminaram em sua separação no Grande Cisma de 1054. Os ortodoxos dão grande ênfase à tradição, e os ícones desempenham um papel importante em seus cultos. Vê-se o ícone como uma janela para Deus, levando o seu devoto à verdadeira presença do santo representado.

Protestantismo[]

No século XVI, a autoridade da Igreja Católica Romana foi contestada, em um movimento que se tornou conhecido como a Reforma. O luteranismo data de 1517, quando Martinho Lutero atacou a corrupção na Igreja Católica Romana na Alemanha. O luteranismo e posteriormente todo o protestantismo enfatiza a relação pessoal com Deus, dizendo que qualquer pessoa pode se relacionar diretamente com Ele, e estuda a Bíblia, interpretando-a livremente, e tendo a fé como o caminho da salvação, baseado no versículo de Romanos 1:17b: "O justo viverá por fé".

O protestantismo assumiu uma forma mais puritana e autoritária no calvinismo, fundado por João Calvino na década de 1540. Os seguidores acreditam que sua salvação está inteiramente nas mãos de um Deus onisciente e onipotente.

O anglicanismo, forma mais flexível de protestantismo, foi estabelecido pelo Acordo Elizabetino na Inglaterra em 1559. Espalhou-se pelo mundo com os imigrantes ingleses.

As vertentes anabatistas surgiram na Alemanha no início do século XVI. Batizavam apenas adultos, como fazem seus sucesores, os batistas. No século XVII, os quakers buscaram um caminho mais direto para Deus, dispensando igrejas, liturgia e clero. Os metodistas não tomaram medidas tão extremas quando se cindiram da Igreja da Inglaterra em 1729, mas os ofícios foram modificados para dar maior papel aos leigos.

Principais crenças[]

Quase todos os cristãos acreditam na divindade de Jesus Cristo, como filho do Deus três-em-um (triúno). O terceiro elemento na Santíssima Trindade é o Espírito Santo. Essa crença não faz parte do judaísmo. Em nenhum texto bíblico consta o termo Trindade. A doutrina foi definida por suposições e começou e ser defendida no Concílio de Nicéia em 325 DC.

- Com sua crucificação e ressurreição, Cristo mostrou à humanidade o caminho da vida eterna.

- A maioria dos cristãos acredita que Cristo um dia voltará à Terra para buscar a sua igreja (grupo de pessoas que o servem e são filhos de Deus, conforme João 1:12), no evento conhecido como arrebatamento.


Culto- O principal ritual, é a Santa Comunhão ou Santa Ceia - relembra a Última Ceia de Jesus, seguida de sua paixão (morte na cruz) e ressurreição para salvar a humanidade de seus pecados. Enquanto os cristãos ortodoxos e católicos romanos acreditam que a hóstia na missa se transforma na verdadeira presença do corpo de Cristo, os protestantes encaram isso como um ato simbólico.


Livros sagrados- Todos os cristãos aceitam o Velho e Novo Testamento da Bíblia; o último registra a vinda de Cristo.

Os cristãos católicos e ortodoxos aceitam as doutrinas dos primeiros Padres da Igreja, como os santos Jerônimo e Agostinho, mas os protestantes em geral vêem a Bíblia como a única escritura sagrada e regra de fé.


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